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QUALIDADE DO AMBIENTE

Serralves desenvolve, em parceira com várias instituições científicas, projetos na área da Energia, Água e Ar.

Ar
A qualidade do ar é o termo que se usa, normalmente, para traduzir o grau de poluição no ar que respiramos. A poluição do ar é provocada por uma mistura de substâncias químicas, lançadas no ar ou resultantes de reações químicas que alteram o que seria a constituição natural da atmosfera. As fontes emissoras dos poluentes atmosféricos são numerosas e variáveis, podendo ser antropogénicas ou naturais. As fontes antropogénicas são as que resultam das atividades humanas, como a atividade industrial ou o tráfego automóvel, enquanto as fontes naturais englobam fenómenos da Natureza tais como emissões provenientes de erupções vulcânicas ou fogos florestais de origem natural. (fonte: Agência Portuguesa do Ambiente)

Quanto à qualidade do ar, os principais riscos para a saúde humana estão associados ao ozono troposférico, metais pesados e partículas. Algumas doenças comuns no contemporâneo que se devem ou são exacerbadas pela poluição do ar incluem asma, alergias e outras doenças respiratórias. As alterações climáticas podem ainda induzir interações entre fatores com consequências adicionais para a saúde humana. A exposição a um aumento da temperatura, a ocorrência de fenómenos agudizados períodos de cheias e de secas, o desenvolvimento de insetos transmissores de doenças, entre outros, vêm complicar a equação.

O Parque de Serralves integra a Rede ENEAS, um conjunto de instituições que contribuem para a avaliação ambiental local através da participação do público e da colaboração de investigadores. O projeto "Qualidade do Ar no Parque" é desenvolvido pelo Serviço Educativo com escolas, para o qual contribuem alunos e professores através do registo de observações orientadas pela equipa educativa. Para além do trabalho desenvolvido no âmbito do ar exterior, Serralves desenvolve ainda um projeto de auditorias da qualidade do ar interior nas escolas. Conheça melhor estes projetos e os seus resultados.

Saiba mais sobre estes programas participando nas Atividades organizadas pela Fundação e consultando os recursos disponíveis online.

Água
A água é um recurso natural essencial a todos os seres vivos – humanos e não humanos. Mas não está disponível na mesma quantidade em todos os sítios do mundo. A quantidade de água disponível varia ao longo do ano, de acordo com o clima da região e, nas últimas décadas e em consequência das alterações climáticas, agudizaram-se os fenómenos de secas e cheias, os quais influenciam também a disponibilidade de água e possuem consequências ambientais, sociais e económicas associadas relevantes.

Portugal encontra-se na região mediterrânica, sujeito a um clima particular que ocorre em apenas cerca de 3% da superfície terrestre do Mundo. O clima Mediterrânico caracteriza-se por dois fatores fundamentais: uma forte variabilidade da precipitação e a coincidência da estação seca com a estação quente (verão). Ou seja, quando mais precisamos de água é quando chove menos.

A esta variabilidade e escassez naturais, acresce uma procura em constante crescimento, e uma gestão que fomenta o desperdício e estimula o consumo, através de uma densa rede de infraestruturas hidráulicas.

De toda a água existente no mundo, menos de 0,01% corresponde a água doce utilizável à superfície, acumulada em rios e lagos ou em aquíferos subterrâneos. Ou seja, a restante água encontra-se por exemplo no mar ou aprisionada nas calotas polares – não estando disponível para utilização. Relativamente à que está disponível para utilização, sempre a considerámos um recurso renovável, com um ciclo próprio, que aprendemos na escola – o ciclo da água. Esperamos que chova, a água cai sobre o solo, sendo absorvida por este. A parte que não fica armazenada na estrutura do solo escorre e enche os aquíferos subterrâneos, outra parte concorre para encher os rios, que por sua vez correm para o mar; parte desta água irá evaporar e contribuir para chuva novamente. Infelizmente, com o advento do alcatrão, a produção agrícola intensiva em monocultura e a má gestão da floresta, entre outros, cada vez existe menos solo disponível para reter água e abastecer os aquíferos, cada vez mais o solo fértil desaparece sendo levado pelas águas deixando a nu solo pobre ou pedra, cada vez mais a água não chega aos rios, desviada para sustentar os modos de habitar dos países industrializados, e a água dos rios não chega ao mar com o ritmo que seria o natural, com a contribuição apreciável da ação das barragens que recirculam água de baixo para cima e de cima para baixo com o fim de gerar energia.

O projeto "Monitorização da qualidade de superfícies de água no Parque" convida as escolas a realizarem avaliações de qualidade em colaboração com a equipa técnica de Serralves. Conheça melhor este projeto e os seus resultados.

Saiba mais sobre Água e Ambiente participando nas Atividades organizadas pela Fundação e consultando os recursos disponíveis online.

Energia
Para viver precisamos de energia. Energia para produzir alimentos, para tratar e trazer até nossa casa a água que bebemos, para ligar as luzes e as máquinas, para aquecimento no inverno, para nos deslocarmos, para produzir todos os bens que a sociedade atual coloca à nossa disposição. Esta energia provém na sua maioria dos combustíveis fósseis, em particular de petróleo extraído debaixo da terra. É o processo de extração e refinação do petróleo que torna disponível esta energia em várias formas para vários fins.

Para além do petróleo fornecer energia também é usado como matéria-prima para fabricar plásticos de variados tipos. O plástico é um material amplamente utilizado na vida moderna.

Infelizmente o petróleo - para além de ser cada vez mais um recurso escasso e a sua extração estar a ficar cada vez mais cara - a sua obtenção e utilização provocam poluição grave, contribuindo para o efeito de estufa e as alterações climáticas.

Resumindo, baseamos a nossa sobrevivência básica – acesso a alimentos e água - e o nosso conforto moderno num bem que está ficar muito caro e que degrada de forma grave o meio ambiente.

E existem alternativas para a geração de energia em Portugal, para uma maior soberania energética?

A alternativa envolve um investimento nas chamadas energias renováveis, as quais apresentam impactes ambientais significativamente mais reduzidos quando bem utilizadas: vento, sol, água.

A par da obtenção de energia mais "limpa", em Portugal é ainda preciso atuar ao nível das perdas no sistema de distribuição (de modo a minimizar as perdas significativas que ocorrem no percurso que a energia faz desde o ponto onde é produzida até ao local onde é utilizada) e ao nível da utilização inteligente ou do seu uso com bom senso (utilizar apenas o necessário, não desperdiçar, escolher máquinas eficientes).

A "Casa da Energia" no Parque de Serralves é um centro de demonstração de energias renováveis e de práticas de eficiência energética. Difunde conhecimentos em matéria de Energia e Sustentabilidade ambiental, abordando a questão das alterações climáticas como desafio que se coloca à sociedade contemporânea.

Saiba mais sobre Energia e Alterações Climáticas participando nas Atividades organizadas pela Fundação.

O projeto "Auditoria energética" convida as escolas a realizarem uma auditoria em colaboração com a equipa técnica de Serralves. Conheça melhor este projeto e os seus resultados.


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